Shakira, o «new look» na Bola de Ouro, o beijo de Pelé e a dança de Piqué
Quase se pode dizer que só Messi conseguiu roubar a cena a Shakira na Gala para a entrega dos prémios da FIFA, segunda-feira, em Zurique. E mesmo assim...
Logo à entrada, os fotógrafos entraram em rodopio – para a captarem ao lado de Rooney. Dava nas vistas por ser quem é, claro, mas também pela surpresa do novo look: um novo penteado, bem mais curto, um longo vestido vermelho a lembrar Scarlett Johansson.
Pelé, a mão e o beijo
Entretanto, Pelé satisfez desejo antigo: conhecê-la pessoalmente. Mal Joseph Blatter a apresentou ela apertou-lhe a mão – e ele pespegou-lhe dois beijinhos que a desmancharam num sorriso largo.
Depois manteve o glamour, subindo ao palco para entregar o prémio de melhor jogadora do Mundo à japonesa Homare Sawa – que surgiu vestida com traje tradicional nipónico.
Continuou pela noite dentro a espalhar o seu encanto – e acabou no que se esperava: posando com Messi, o Melhor do Mundo pelo terceiro ano consecutivo.
16 anos, aposta de Ricky Martin
Descendentes de imigrantes líbios, espanhóis e italianos, Shakira nasceu em 1977 em Barranquila – onde Gabriel Garcia Marquez cresceu, estudou e aqueceu o sonho de escritor.
Aos 13 anos gravou o seu primeiro álbum – e aos 16 representou a Colômbia no Viña del Mar Festival Internacional da Canção. Saiu de lá em terceiro lugar, mas para a estrela do júri deveria ter sido primeira, a estrela do júri era Ricky Martin.
Foi o bastante para a sua explosão. E a partir daí é o que se sabe: ganhou dois Grammy e oito Latin Grammy e vendeu mais de 60 milhões de álbuns em todo o mundo.
De Waka Waka a Pies Descalzos
A sua ligação ao futebol (e à FIFA) apertou-se em 2010 ao lançar de parceria com os sul-africanos Freshyground o Waka Waka (This Time for Africa) que lhe deu o primeiro lugar nos top de quase todos os principais mercados musicais, em Portugal também - e se transformou no incontornável hino do Mundial da África do Sul, seu ícone como a vuvuzela.
Tornara-se já muito mais do que uma sensual cantora, notabilizara-se também pelo seu envolvimento social na fundação que criou: Pies Descalzos – que dá estudo e atendimento médico a 4500 crianças pobres – e estende o seu apoio por várias centenas de escolas colombianas... (muito do seu tempo é a visitá-las, ensinando meninos e meninas a dançarem, a cantarem)
Depois, fez mais: chamou para a sua causa artistas e empresáris, criaram a Fundação ALAS: América Latina en Acción Social – virando-a para a captação de fundos que combatam a pobreza no continente.
Do prolongamento da festa do Barça a Piqué
No ano passado, a festa da conquista da Liga dos Campeões pelo Barça arrastou-se ao seu concerto de Barcelona. Seis dos seus jogadores correram para lá após a euforia que foram vivendo pelas ruas da cidade, os corredores dos políticos.
De repente, pediu-lhes que subissem ao palco e imitassem o seu inimitável movimento de quadris ao som de Whenever, Whenever. Eles tentaram – e foi o delírio. Eram Xavi, Villa, Pedro, Busquets, Bojan e... Piqué – o namorado com quem, logo depois, seguiu de férias para o lago de Como. (Ah! Para Zurique, Shakira viajou com ele sempre a seu lado – e lá confirmou-se o que já se suspeitava: que Piqué era um dos onze jogadores escolhidos para a Equipa Ideal de 2011.)
Fonte: A